Juros Simples x Juros Compostos: Entenda as Diferenças Antes de Financiar um Imóvel
Se você já parcelou uma compra, solicitou um empréstimo ou financiou um imóvel cujo valor torne o pagamento à vista inviável, ou pensa em fazer um, já deve estar familiarizado com a taxa de juros. De maneira geral, podemos definir o juros como um tipo de remuneração cobrada pelo empréstimo de um valor ou pelo atraso do pagamento de uma prestação. É muito usado para que instituições financeiras consigam algum lucro e como forma de garantir a segurança de uma negociação, evitando prejuízos em caso de falta de pagamento.
Mas você sabia que essas taxas podem ser aplicadas em dois tipos de juros: o simples e o composto? É muito comum que as pessoas tenham dúvidas ou não saibam a diferença entre juros simples e juros compostos. Primeiramente, é importante saber que os juros simples e compostos nem sempre são ruins para o seu bolso. Basta saber utilizá-los para que eles se tornem grandes aliados às suas finanças. Na hora de comprar um imóvel, principalmente quando tem um financiamento envolvido, compreender como funcionam esses juros vai ser essencial para evitar surpresas e tomar decisões mais conscientes.
Como as particularidades de cada uma dessas taxações costumam confundir compradores, que sem conhecimento sobre o assunto podem acabar se prejudicando, a Nova Época Imóveis decidiu trazer um conteúdo exclusivo para explicar como os dois modelos de juros funcionam e as diferenças entre eles. Assim, você pode se certificar de escolher o mais vantajoso para a sua situação. Para mais informações ou dicas sobre o mercado imobiliário e suas nuances, não deixe de acompanhar nossa imobiliária aqui pelo blog e pelas nossas redes sociais!
Relembrando: O que são Juros?
A palavra juros significa nada mais que uma quantia de dinheiro a mais aplicada em algumas operações financeiras. Nesse sentido, durante a sua vida, você pode tanto pagar quanto receber juros, dependendo do tipo de aplicação financeira que é realizada. Ou seja, basicamente é o “preço” que você paga por usar o dinheiro de alguém, no caso de um financiamento imobiliário, é o dinheiro do banco ou instituição financeira.
Os juros são aplicados sobre o valor emprestado e pode ser calculado de duas formas: simples ou composta. Agora vamos dissertar um pouco mais sobre cada uma e pontuar suas diferenças.
Quando Você Paga Juros e Quando Recebe?
Ao atrasar o pagamento de uma conta, são cobrados juros pelo atraso. Ou seja, um valor a mais do que o inicialmente você pagaria, como uma espécie de compensação pelo período em que a instituição financeira arcou com o prejuízo do atraso. Neste caso, a ideia por trás da cobrança de juros é a seguinte: quando a conta não é paga, o banco ficará duplamente no prejuízo, uma vez que entregou o produto ou serviço, mas não recebeu o valor combinado. Além disso, ele também perde a oportunidade de levantar um dinheiro a mais, que poderia ter lucrado se recebesse o dinheiro investido.
Já para receber, a pessoa fará um investimento e receberá juros por “emprestar” dinheiro ao banco ou instituição financeira. Nesse caso, os juros também são chamados de rendimentos. Aqui, a lógica é: você tem um dinheiro parado na poupança e decide emprestar o valor depositado para outras transações, enquanto você não precisa do dinheiro. Isso também acontece quando se compra ações de uma empresa na bolsa de valores, uma vez que você está “emprestando” dinheiro para a companhia.
Quando se trata de investimentos, os juros pagos a quem coloca seu dinheiro na poupança são absolutamente diferentes dos recebidos por quem investe em uma ação negociada na bolsa.
O que é Juros Simples?
Juros simples são o modelo de taxação mais comum, frequentemente usado por empresas de cartão de crédito, e costuma ser aplicado em uma taxa única. Mas, afinal, o que é juros simples? É aquele que incide apenas no valor principal de um empréstimo, ou seja, aquele pelo qual você solicitou junto à instituição financeira.
Diferente do juros composto, o valor do juros simples nunca muda durante uma operação. Dessa maneira, caso você tenha assinado um contrato com determinada porcentagem de juros, deverá pagar ou receber esse valor até o final do contrato.
Fórmula do Juros Simples
A fórmula para você calcular e saber quanto você deverá pagar ou receber de juros simples em uma operação é:
C x I ÷ 100 x T = J
Para facilitar esse cálculo, vamos especificar cada uma dessas letras:
- C é o valor do capital previsto no contrato, ou seja, o quanto você vai pagar, no caso de um empréstimo, ou depositar, no caso de um investimento;
- I é o valor da taxa de juros simples acordada em contrato;
- T é o tempo previsto no contrato.
Ao final das contas de multiplicação e de divisão, você saberá o valor do juros, ou seja, quanto você precisará pagar nessa transação. Isso vai te ajudar a saber o valor total que você deverá pagar em um empréstimo.
E o Juros Composto?
Já juros compostos, como o próprio nome sugere, possuem um cálculo mais complicado, o que explica a confusão de quem está em uma negociação que tenha como base esse tipo de regime. Ou seja, basicamente, o juros composto, diferente do simples, leva em conta a atualização do valor, tomando o original apenas como a base da primeira parcela.
Essa é uma forma de capitalização muito usada e costuma ser perigosa para quem acaba se endividando, pois a tendência da dívida é só aumentar. Se nos juros simples o valor da parcela continua o mesmo até o final, o do composto aumenta progressivamente.
Fórmula de Juros Composto
Já o cálculo do juros composto é um pouco mais complicado que o anterior, que inclui:
C x (1 + I ÷ 100) T = M
O glossário para especificar cada letra consiste em:
- C é o valor do capital previsto no contrato, ou seja, o quanto você irá pagar, em um empréstimo, ou depositar, em um investimento;
- I é o valor da taxa de juros simples acertada no contrato;
- T é o tempo previsto no contrato;
- M é o resultado das somas, multiplicações e divisões, ou seja, o valor total do que deverá ser pago com os juros compostos.
Juros Simples ou Compostos: qual é aplicado em empréstimos?
Geralmente, contratos de empréstimos trabalham com juros compostos. Trata-se de juros cobrados sobre juros. Os juros simples também podem ser usados em operações de empréstimo, normalmente quando o prazo é mais curto. No entanto, poucas são as operações que optam pelo regime de juros simples. Atualmente, o sistema financeiro usa mais os juros compostos.
Logo, se você solicitar um empréstimo no banco ou com alguma instituição financeira, provavelmente deverá pagar juros compostos. Apesar disso, existem modalidades de empréstimo com juros baixos, como as que você deixa um bem como garantia, como no refinanciamento de imóveis, refinanciamento de veículos e empréstimo consignado.
Compreender as diferenças entre juros simples e compostos pode parecer apenas um detalhe técnico, mas faz toda a diferença no seu planejamento financeiro. Afinal, na hora de financiar um imóvel, conhecimento é poder e economia. Se você deseja simular um financiamento com base nos seus objetivos, fale com nossa equipe! E não deixe de conferir o site da Nova Épocapara conhecer os imóveis que temos disponíveis.
Escrito por Mariana Carvalho